Estresse: o vilão no mundo corporativo


Acúmulo de funções e de responsabilidades, excesso de pressão e de competitividade são alguns dos fatores que tornam a rotina de diversos profissionais, em especial dos Administradores, bastante estressante.
Visto muitas das vezes como bobagem ou frescura, o estresse, na verdade, pode ocasionar sérias consequências, como a baixa produtividade ou, até mesmo, problemas de saúde, como as doenças cardíacas.
Além disso, tal problema interfere também na economia do País. Um estudo realizado por Anadergh Barbosa Branco, professora de medicina do trabalho da Universidade de Brasília (UnB), mostrou que o estresse e os distúrbios decorrentes dele, como depressão, alcoolismo e hipertensão, foram os responsáveis pelo afastamento de cerca de 1,3 milhão de pessoas do trabalho em 2008, ficando dependentes do benefício de auxílio-doença.
A mais recente pesquisa sobre o assunto, realizada pela empresa de recrutamento Robert Half e divulgada em maio, ouviu a opinião de 2.525 executivos de alta gestão em Recursos Humanos e Finanças responsáveis pelo recrutamento no Brasil, Áustria, Bélgica, República Checa, Dubai, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Suíça e Holanda. Na opinião de 60% dos brasileiros consultados, a fofoca e os colegas desagradáveis seriam as principais causas do estresse no ambiente de trabalho.
O mesmo estudo apontou que, na média global, o aumento da carga de trabalho seria o principal motivo de estresse. Outra causa apontada foram as pressões desnecessárias do chefe. Um fato curioso revelado na pesquisa é que o Brasil foi o único no qual 100% dos entrevistados possuem estresse no trabalho.
Uma pesquisa mais antiga, porém relevante e também curiosa, realizada pela filial brasileira da International Stress Management Association (ISMA) em 2005, mostrou que os brasileiros e as brasileiras têm razões diferentes para se sentirem estressados. Para as mulheres entrevistadas, as cinco principais seriam: sobrecarga de trabalho decorrente da necessidade de se provar tão competente quanto os homens; medo de perder o emprego; sensação de não ser capaz de cumprir todas as tarefas no prazo determinado; angústia por não poder dedicar mais tempo ao marido e aos filhos; e os atritos no relacionamento com chefes e colegas. Já para a ala masculina os motivos seriam: medo de perder o emprego; falta de diálogo com o chefe e competitividade entre os colegas de equipe; falta de autonomia para tomar decisões; sobrecarga de trabalho devido ao acúmulo de tarefas; e dificuldades em conciliar as atividades de lazer com a vida profissional.
Veja se você não está sofrendo deste mal
O estresse pode se manifestar de diferentes maneiras, tanto físicas quanto emocionais. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais: apatia, insônia, mania de perseguição, distúrbios no sono, irritabilidade, ansiedade, alteração de apetite, dificuldade de concentração e vigilância constante, tensões musculares, dores de cabeça frequentes, entre outros. Se você possui muitos desses sintomas citados, talvez seja a hora de procurar auxílio médico.
Como combater o estresse
      Aprenda a administrar o seu tempo e estabelecer as prioridades;
      Alguns médicos sugerem a “regra do número 8”: oito horas de sono, oito horas de trabalho e oito horas de lazer;
      Pratique atividades físicas;
      Cultive algum hobby;
      Busque o diálogo e evite os confrontos desnecessários;
      Não pense que a saída para fugir das tensões está no álcool, nicotina ou cafeína;
      Faça pequenas pausas durante o trabalho;
      E o principal: não leve as preocupações e problemas de trabalho para casa. Deixe-os no ambiente laborativo.

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