A luta pelos interesses econômicos, profissionais e sociais dos trabalhadores

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O mercado de trabalho tem se situado no centro das principais modificações ocorridas no atual momento mundial. Elementos como o desemprego estrutural, tentativas de desregulamentação do sistema legal de proteção ao trabalho, terceirização da mão de obra, flexibilização de direitos individuais e a desigualdade de situações de trabalho são alguns dos principais fatores enfrentados pela maioria dos trabalhadores e seus sindicatos.
Em decorrência dessa situação, as entidades sindicais, das mais diversas categorias profissionais, se veem obrigadas a produzir novas estratégias de ação, dependendo sempre das particularidades existentes na região onde cada uma está instalada. Mas, em via de regra, as entidades repensam funções e objetivos específicos para defender os interesses econômicos, profissionais e sociais dos seus associados.
O principal papel reservado aos sindicatos no cenário mundial é o de conduzir os trabalhadores à resistência das infames propostas patronais, mantendo a organização e a direção na busca pela manutenção dos direitos já consolidados, bem como na luta pela conquista de novos. Sem falar que os sindicatos buscam, hoje, não apenas reajustes salariais mais também vantagens indiretas, tais como: auxílio alimentação, gratificações, reescalonamento de dívidas, salário educação, auxílio creche, entre outros.

Economia verde: a nova tendência sustentável das empresas

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A mais nova tendência das empresas é seguir a sustentabilidade do planeta. Com isso, é possível notar no mercado o crescimento de ofertas de produtos e tecnologias que geram menos impacto na natureza, trazendo para o cenário mercadológico um novo conceito: o dos empregos verdes. 

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), empregos verdes são “os postos de trabalho decente em atividades econômicas que contribuem significativamente para reduzir emissões de carbono ou para melhorar/conservar a qualidade ambiental”. A OIT diz ainda que, para se manter uma economia mais verde, é preciso ter padrões sustentáveis de produção e consumo, pois, assim, vão se desencadear modificações nas práticas das empresas e mudanças estruturais na economia. Tais transformações na economia precisam criar os incentivos para as empresas investirem, bem como a capacidade necessária para elas adotarem o novo modelo de produção.
Atualmente, o desgaste e a superexploração dos recursos naturais tendem a gerar desemprego e perdas de renda devido aos padrões de produção e consumo vigentes. Ao adotar padrões da economia verde, problemas como a pobreza e as desigualdades sociais começarão a ser resolvidos, pois esses novos padrões econômicos também contribuem para a redução da pobreza. Uma economia mais verde pode reforçar e ser reforçada no mercado de trabalho e com isso desenvolver resultados de desenvolvimento social. Porém, isso não é automático. Tudo dependerá de políticas corretas e da capacidade das instituições de implementá-las.
E é na tentativa de engajar as empresas e sociedades mundiais na defesa do meio ambiente que foram realizadas conferências como a Rio+20 e a Cúpula dos Povos, em meados de junho. Estes eventos conseguiram fazer o mundo, especialmente os Administradores, refletir sobre a preservação da natureza, o reaproveitamento de recursos para gerar menos lixo, o uso de materiais biodegradáveis e atitudes semelhantes. Porém, além da reflexão, novos comportamentos já podem ser percebidos nas pessoas e corporações.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), produzida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, as atividades econômicas que mais contribuem para a redução de emissões e preservação da qualidade ambiental são produção e manejo florestal; geração e distribuição de energias renováveis; saneamento, gestão de resíduos e riscos ambientais; manutenção, reparação e recuperação de produtos e matérias; transportes coletivos e alternativos ao rodoviário e aeroviário, além de telecomunicações e tele-atendimento. Em 2010, a OIT indicou a criação de aproximadamente 2,9 milhões de empregos verdes no Brasil, correspondente a 6,6% do total de empregos formais. Com o “esverdeamento” das ofertas de trabalho, a economia brasileira crescerá à medida em que os setores de energia e recursos ambientais introduzirem tecnologias ambientalmente sustentáveis nos processos de produção.
Por isso, as empresas, na tentativa de se tornarem mais ecológicas e saudáveis, têm lançado mão de várias soluções práticas que minimizam os impactos no planeta. As organizações agora tentam se destacar por produzirem mercadorias com substâncias naturais, que não prejudicam o meio ambiente, cujo descarte seja menos agressivo à natureza ou mesmo por não usarem materiais derivados da exploração do trabalho infantil ou do trabalho escravo. A partir do conceito de sustentabilidade, a empresa passa a se destacar por agir em prol do meio ambiente e da qualidade de vida natural da sociedade. E, desse modo, a competitividade de mercado tende a beneficiar economicamente aquela que mais cumprir com suas responsabilidades socioambientais.
O Administrador precisa estar atento a essas mudanças no cenário mundial, pois, além de representar uma nova tendência de mercado, o desenvolvimento sustentável oferece atitudes que geram emprego e favorecem o planeta como um todo. A sustentabilidade reúne uma série de ações que visam incorporar princípios e critérios socioambientais na rotina das empresas e dos cidadãos, proporcionando para todos, consequentemente, um presente mais consciente e um futuro com melhor qualidade de vida.