Ao lutar pelos direitos dos trabalhadores, Sindicatos desempenham funções indispensáveis para o desenvolvimento do País

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                Com o interesse pela política em queda e diante de um quadro onde o objetivo predominante na vida de quase todos se fixa na lógica do enriquecimento financeiro, a extrema valorização da individualidade torna difícil para muitos a compreensão da importância de instituições que dependem do espírito de grupo e união para a busca de ideais coletivos.
                Os sindicatos, que surgiram justamente da percepção de que só através da união é possível enfrentar poderosos interesses, são muitas vezes alvo desse esvaziamento por qual passam o ideário político e social.
Essas instituições, que têm papel central nas lutas por condições de vida e trabalho minimamente aceitáveis, sofrem com outro sintoma comum na modernidade. Principalmente em jovens, a desvalorização da história é algo perigoso e altamente recorrente que contribui para o atraso, destruindo lições importantes que o passado e toda a sua riqueza podem fornecer.
No Brasil, que iniciou tardiamente seu processo de industrialização, não eram raros, no início do século XX, os casos de uso de mão-de-obra forçada de mulheres e crianças e a exploração de homens com jornadas de trabalho indecentes que chegavam a 14, 15 e até 16 horas diárias. Muitos salários eram irrisórios e o poder econômico dos patrões colocava imensa parcela da população completamente a mercê dos interesses econômicos. São abundantes na história situações desse tipo e um olhar um pouco mais atento pode fornecer a noção de que, para se chegar ao estágio atual, com uma realidade minimamente aceitável, mas que ainda está longe de ser a ideal, uma longa jornada de lutas e suor teve de ser realizada.
É de fundamental importância que a juventude tenha consciência que o direito a férias, Licença Maternidade com garantia de emprego até 5 meses depois do parto, horas-extras pagas com acréscimo de 50% do valor da hora normal, garantia de 12 meses em casos de acidente, adicional noturno de 20% para quem trabalha de 22h às 05 horas e outros diversos benefícios disponíveis aos trabalhadores só existem hoje pois foram conquistados com sacrifício e que muitos, ao longo do tempo, deram suas vidas para o mínimo de dignidade nas relações empregatícias.
Para uma sociedade íntegra e democrática, a discussão deve sempre existir e as relações de trabalho, e não só elas, devem ser guiadas pelo bom senso e pela moralidade. Reconhecer a importância dos sindicatos e a beleza de suas origens é ponto-chave para o alcance de uma realidade mais justa. Erros e desvios, infelizmente, existem em todos os segmentos, e resta aos bons vigiar e trabalhar para que os mecanismos de controle e as instituições desempenhem eficientemente suas funções.
É com muito trabalho que o SINAERJ mantém sua luta pela valorização dos Administradores, atuando com a total consciência da responsabilidade de representar uma profissão dessa importância para o País.

Está chegando a hora

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Todos já sabem que no dia 20 deste mês serão realizadas as eleições do CFA e CRAs (Conselho Federal e Conselhos Regionais de Administração). A pergunta que alguns Administradores podem fazer é: Por que devo me mobilizar no pleito e buscar informações sobre os Conselhos? A resposta pode ser gerada com olhar um pouco mais atento ao contexto e às diversas particularidades e consequências que envolvem essas decisões.
Propostas como a intensificação da fiscalização do exercício profissional, a construção do Centro de Educação Continuada para a promoção de cursos, palestras e encontros setoriais e a ampliação do serviço de orientação, apoio e valorização profissional do Administrador são algumas metas colocadas em pauta por postulantes a posições de comando nas eleições e podem clarear um pouco o cenário para a compreensão da dimensão da importância dos desafios que terão os Administradores encarregados de defender e valorizar a profissão.
Com o dinamismo e acirramento cada vez maior no mercado de trabalho, as altas quantidades de responsabilidade e de pressão em cima dos Administradores os tornam alvo de um nível de preocupação e estresse elevados e criam a necessidade da constante atualização e aperfeiçoamento das capacidades profissionais e de todo um contexto de amparo e proteção.
A realização de palestras, encontros entre profissionais para troca de experiências, aulas, debates, cursos e informações relacionadas à carreira e a opções e novidades da Administração, além de uma estrutura que vise o bem-estar e a luta pelos direitos da categoria são medidas essenciais dentro do contexto da vida moderna. Ter a possibilidade de uma estrutura montada e atualizada tendo em vista as mudanças da dinâmica social para a busca pela valorização dos Administradores é o que se coloca em jogo no momento de decisão que está por vir.
                O esvaziamento do interesse político, sintoma observado principalmente em jovens, não pode prevalecer e valores que trazem no seu âmago as causas coletivas, que são a base de sustentação do SINAERJ (Sindicato dos Administradores do Estado no Rio de Janeiro), devem ser colocados em destaque e valorizados na luta por uma sociedade pautada pela moralidade e verdadeiramente democrática.
A participação em processos eleitorais e a efetiva atuação política sedenta de informações e fiscalização dos mecanismos sociais é o que leva alguém à verdadeira condição de cidadão. Para participar das eleições do dia 20 de outubro, que irão estipular os representantes da profissão, os Administradores que estavam quites com suas obrigações profissionais até o dia 20 de agosto podem acessar o site www.votaadministrador.com.br para exercer o direito.
Todos nessa situação receberão por e-mail uma carta com mais instruções e uma senha, que deverá ser usada no dia do pleito. Não deixe de participar!

Participação dos Administradores no processo
eleitoral do CFA e CRA/RJ é de fundamental importância para o fortalecimento da profissão

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                No próximo dia 20 de outubro ocorrerão eleições para a escolha dos novos Conselheiros efetivos e suplentes para cada Estado da Federação. Neste dia também vamos eleger dois Administradores (um titular e um suplente) que passarão a compor o órgão máximo da ética administrativa no país: o Conselho Federal de Administração (CFA).
                A proximidade do pleito torna oportuna a reflexão sobre o papel do CFA. Sua importância como órgão supervisor da ética profissional em toda a República, julgador e disciplinador da classe Administradora. Cabendo-lhe ainda zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da administração e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que exercem legalmente tarefas que desempenham em conjunto com os Conselhos Regionais (CRAs).                   
                Certamente, existem alguns temas que se destacam como prioridade nas ações dos Conselhos. O aperfeiçoamento contínuo da carreira é uma preocupação permanente, uma vez que exige que seja dada especial atenção à preparação destes profissionais. É imprescindível que esta questão ocupe as atenções dos futuros membros do CFA.
                Em outra perspectiva, temos diante de nós um complexo e diversificado sistema de fiscalização do exercício profissional que precisa de mais atenção. E seguramente, os Administradores e suas entidades representativas têm condições de dar uma contribuição para esse processo. No entanto, os Conselhos precisam da participação efetiva dos sindicatos para que possam cumprir integralmente esse papel.
                Como não poderia deixar de ser, o SINAERJ está participando desse pleito sendo representado pelo seu Presidente Edson Machado. Ele concorre a uma das seis vagas de Conselheiro titular no CRA/RJ pela Chapa 1.
                A participação do Sindicato é engrossada pela candidatura do Diretor Adjunto do SINAERJ Antônio Marcos de Oliveira, que concorre, pela mesma chapa, a uma vaga de Conselheiro Suplente. Na mesma chapa ainda concorrem ao Conselho os Administradores Wallace de Souza Vieira, Carlos Roberto Fernandes de Araújo, Paulo César Teixeira, Antônio Rodrigues de Andrade e Marcus Vinicius de Seixas.
                Outro Diretor Adjunto do SINAERJ também está na disputa: Dácio Antônio Machado de Souza é o candidato à única vaga de suplente do CFA. A vaga de titular será disputada pelo Administrador Rui Otávio Bernardes de Andrade.
                Sendo eleitos, nossos representantes serão ferramentas valiosas de contribuição para o desenvolvimento de fortalecimento dos Administradores.
                Entendemos, porém, que a participação de cada um dos Administradores para bem escolher nossos representantes no CFA e no CRA/RJ, deverá ocorrer pela compreensão de que a não omissão é a melhor forma de viabilizar escolhas acertadas e respostas para os impasses e as dificuldades que permeiam o exercício da profissão.   
           

Unicidade Sindical: um modelo de organização trabalhista

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Os sindicatos foram criados para assegurar os direitos de uma classe trabalhadora. Este é o fundamento que rege o SINAERJ. Ele existe para garantir que os direitos e interesses dos Administradores sejam respeitados.
A Constituição Brasileira de 1988 afirma ser livre a criação de associações profissionais ou sindicais, no entanto há algumas observações quanto a isso. O inciso II, do 8º artigo merece destaque: “é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município.”
De forma simples, o que esse trecho da lei prega é a unicidade sindical.
A Constituição de 1934 permitia a existência do pluralismo sindical, ou seja, existiam na mesma base territorial inúmeras associações sindicais para representar a mesma classe profissional. O que ocorreu foi a formação de sindicatos fantasmas, que serviam a muitos interesses menos aos dos trabalhadores, já que no mesmo texto era expresso que para se candidatar a Deputado Federal era necessário o apoio de uma entidade civil organizada. O resultado foi tão calamitoso que a medida foi revogada poucos anos depois.
Mesmo assim, há quem defenda o pluralismo. Países como Inglaterra e Estados Unidos adotam esse sistema sindical. Prospostas de Emenda Constitucional (PEC) tem sido realizadas para alterar o modelo sindical brasileiro. Por exemplo, em 2003, o Deputado Federal Maurício Rands elaborou a PEC 29/2003 em co-autoria com o Deputado Vicentinho na qual propõe a modificação do artigo 8º da nossa Constituição com o objetivo de acabar com a unicidade sindical, instituindo a liberdade sindical positiva e onde, segundo ele, “a solução dos conflitos seria pela legitimidade para negociar sendo resolvidos pelas centrais sindicais ou pela mediação e arbitragem.”
Entretanto, a maior crítica a esse modelo de múltiplos sindicatos é o fracionamento das categorias, que resulta no enfraquecimento da classe trabalhadora. O pluralismo deixa muitas dúvidas, uma das principais é: durante as negociações com as empresas empregadoras, principalmente no que compete ao Acordo Coletivo de Trabalho, qual dentre tantos sindicatos da mesma categoria, em uma mesma área territorial, representará os interesses dos sindicalizados?
Em seu site, o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), criado em 2003 por iniciativa de 288 Federações e 14 Confederações e representando cerca de 9.000 sindicatos, argumenta que “a unicidade sindical é primordial para manter a força de entidades representativas de classe. Historicamente, a criação de entidades paralelas só serve para satisfazer divergências políticas e nunca para fortalecer a unicidade sindical.”
A unicidade sindical é o melhor modelo de organização trabalhista. Tal afirmação justifica-se por inúmeras razões: o sindicato defende toda a classe profissional e não apenas seus associados, como ocorre no pluralismo; os interesses defendidos são os da categoria representada e esse controle torna-se difícil com a proliferação de inúmeros sindicatos.
Para encerrar, basta resumir tudo o que foi dito em um velho ditado: “A união faz a força”, a preponderância dos sindicatos está na união das pessoas por ele representadas, quanto maior o número de associados maior será o poder de pressão e negociação a ele outorgado.