Economia verde: a nova tendência sustentável das empresas


A mais nova tendência das empresas é seguir a sustentabilidade do planeta. Com isso, é possível notar no mercado o crescimento de ofertas de produtos e tecnologias que geram menos impacto na natureza, trazendo para o cenário mercadológico um novo conceito: o dos empregos verdes. 

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), empregos verdes são “os postos de trabalho decente em atividades econômicas que contribuem significativamente para reduzir emissões de carbono ou para melhorar/conservar a qualidade ambiental”. A OIT diz ainda que, para se manter uma economia mais verde, é preciso ter padrões sustentáveis de produção e consumo, pois, assim, vão se desencadear modificações nas práticas das empresas e mudanças estruturais na economia. Tais transformações na economia precisam criar os incentivos para as empresas investirem, bem como a capacidade necessária para elas adotarem o novo modelo de produção.
Atualmente, o desgaste e a superexploração dos recursos naturais tendem a gerar desemprego e perdas de renda devido aos padrões de produção e consumo vigentes. Ao adotar padrões da economia verde, problemas como a pobreza e as desigualdades sociais começarão a ser resolvidos, pois esses novos padrões econômicos também contribuem para a redução da pobreza. Uma economia mais verde pode reforçar e ser reforçada no mercado de trabalho e com isso desenvolver resultados de desenvolvimento social. Porém, isso não é automático. Tudo dependerá de políticas corretas e da capacidade das instituições de implementá-las.
E é na tentativa de engajar as empresas e sociedades mundiais na defesa do meio ambiente que foram realizadas conferências como a Rio+20 e a Cúpula dos Povos, em meados de junho. Estes eventos conseguiram fazer o mundo, especialmente os Administradores, refletir sobre a preservação da natureza, o reaproveitamento de recursos para gerar menos lixo, o uso de materiais biodegradáveis e atitudes semelhantes. Porém, além da reflexão, novos comportamentos já podem ser percebidos nas pessoas e corporações.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), produzida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, as atividades econômicas que mais contribuem para a redução de emissões e preservação da qualidade ambiental são produção e manejo florestal; geração e distribuição de energias renováveis; saneamento, gestão de resíduos e riscos ambientais; manutenção, reparação e recuperação de produtos e matérias; transportes coletivos e alternativos ao rodoviário e aeroviário, além de telecomunicações e tele-atendimento. Em 2010, a OIT indicou a criação de aproximadamente 2,9 milhões de empregos verdes no Brasil, correspondente a 6,6% do total de empregos formais. Com o “esverdeamento” das ofertas de trabalho, a economia brasileira crescerá à medida em que os setores de energia e recursos ambientais introduzirem tecnologias ambientalmente sustentáveis nos processos de produção.
Por isso, as empresas, na tentativa de se tornarem mais ecológicas e saudáveis, têm lançado mão de várias soluções práticas que minimizam os impactos no planeta. As organizações agora tentam se destacar por produzirem mercadorias com substâncias naturais, que não prejudicam o meio ambiente, cujo descarte seja menos agressivo à natureza ou mesmo por não usarem materiais derivados da exploração do trabalho infantil ou do trabalho escravo. A partir do conceito de sustentabilidade, a empresa passa a se destacar por agir em prol do meio ambiente e da qualidade de vida natural da sociedade. E, desse modo, a competitividade de mercado tende a beneficiar economicamente aquela que mais cumprir com suas responsabilidades socioambientais.
O Administrador precisa estar atento a essas mudanças no cenário mundial, pois, além de representar uma nova tendência de mercado, o desenvolvimento sustentável oferece atitudes que geram emprego e favorecem o planeta como um todo. A sustentabilidade reúne uma série de ações que visam incorporar princípios e critérios socioambientais na rotina das empresas e dos cidadãos, proporcionando para todos, consequentemente, um presente mais consciente e um futuro com melhor qualidade de vida.

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