Perfeccionismo no trabalho ajuda mais do que atrapalha?


 Vamos voltar a uma típica cena de entrevista de emprego, a qual muitos já devem ter presenciado se não mesmo protagonizado. O recrutador pergunta: “qual é o seu defeito”? E logo o concorrente à vaga responde: perfeccionismo. Oras, mas ser perfeccionista não é bom? Não é fazer tudo da melhor maneira possível a fim de alcançar o objetivado? Não seria o perfeccionismo uma qualidade?

Pois é, apesar de ser clichê para muitos, a tal da busca pela perfeição a qualquer custo, mesmo no trabalho, pode se tornar um ponto negativo se não for bem administrada. Assim como tudo o que é demasiado, o perfeccionismo, quando exagerado, pode atrapalhar mais do que ajudar, pois o profissional busca uma realidade irreal e as consequências disso podem ser: atrasos, acúmulo de tarefas, trabalho em equipe disfuncional, entre outros.

Na lógica perfeccionista, todo e qualquer detalhe merece atenção. Isso faz com que a pessoa não consiga cumprir suas tarefas, muito menos seus prazos, que precisam sempre ser reformulados para poder dar “um último retoque” no projeto. Já o trabalho em equipe pode ficar extremamente prejudicado, pois o perfeccionista não delega tarefas, pois quer tudo do seu jeito já que as produções dos outros também não irão se encaixar no padrão de qualidade irreal que ele deseja.

Sendo assim, o perfeccionismo pode atrapalhar mais do que ajudar num contexto em que o perfeccionista não enxerga nada, além de suas metas inalcançáveis. O resultado disso é a própria desmotivação de quem pratica esse hábito, pois ao não atingir os propósitos, o desânimo toma conta do profissional que tem essa característica pulsante. Por isso, é necessário fazer as coisas da melhor maneira possível, porém sempre de uma forma que não atrapalhe o andamento do trabalho, a equipe e até mesmo o profissional. Afinal de contas, o emprego não deve ser apenas a forma pela qual você se sustenta, mas sim sua colaboração para a sociedade e o mundo.

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